De acordo com um artigo do sapo lifestyle, e segundo dados do INEM, só no nosso país “ocorrem cerca de 10.000 casos de paragem cardiorrespiratória ou morte súbita cardíaca por ano” e apenas 3% das vítimas sobrevive.

Nesse artigo podemos encontrar uma espécie de apelo por parte dos médicos da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC): “não existe uma cultura de socorro enraizada na sociedade portuguesa e, segundo o INEM, em 57% das paragens cardiorrespiratórias presenciadas não é realizada qualquer manobra de reanimação até chegada do socorro”

É fácil perceber a necessidade de uma sociedade com capacidades de actuação a nível de suporte básico de vida. Quando alguém sofre uma paragem cardiorrespiratória, a probabilidade de sobreviver sem uma lesão cerebral pode depender de quem está à sua volta e assiste a estes incidentes. Se todos os cidadãos tivessem conhecimento de manobras de Suporte Básico de Vida (SBV), inúmeros casos de morte súbita poderiam ser evitados, uma vez que este proporciona um incremento das hipóteses de sobrevivência.

Atualmente temos conhecimento de constantes incidentes ligados a atividades desportivas. O facto daa comunicação social trazer até nós inúmeros casos de atletas que sofrem paragens cardiorrespiratórias faz-nos muitas vezes questionar se o desporto é, afinal, bom ou mau para a saúde. Obviamente, o desporto tem um grande impacto positivo para a saúde humana, sempre que bem praticado e sempre que praticado por pessoas sem doenças cardíacas.

Causas principais para acidentes em atletas e desportistas:

De acordo com um artigo desenvolvido por Felipe Siebra e Gilson Feitosa-Filho, “nos atletas com menos de 35 anos de idade, a principal doença relacionada à morte súbita é a cardiomiopatia hipertrófica; já nos atletas com mais de 35 anos, é a doença arterial coronária.” 

Os mesmos autores referem que o exercício físico “não deve ser encarado como único responsável pelo evento morte súbita, mas antes, como coadjuvante em um sistema complexo que envolve uma doença preexistente – por vezes silenciosa – fatores predisponentes como idade, sexo, condições ambientais extremas, distúrbios hidroeletrolíticos graves, uso de determinados agentes ergogênicos e o tipo de esporte praticado, além de um momento crítico, tendo como “gatilho” o exercício físico, o qual pode alterar o equilíbrio de forma a iniciar a cadeia de eventos que culmina com a morte súbita”. Ou seja “a morte súbita em atletas está relacionada com a presença de doenças cardiovasculares congênitas ou adquiridas.” e dessa forma “a atividade física, quando praticada pela seleta parcela de pessoas que possuem essas doenças, não atua como atividade protetora contra eventos cardíacos, mas sim como desencadeadora desses, independentemente do nível de condicionamento da pessoa, seja ela um atleta altamente treinado ou não.”

Quando atletas salvam outros atletas:

No ano passado um jovem atleta socorreu o guarda-redes da equipa adversária num jogo entre duas equipas de Braga, para a série B da 1.ª Divisão Distrital quando este caiu e começou a sofreu uma convulsão. 

Um caso parecido já sucedeu também este ano, quando um jogador do Penafiel B socorreu um adversário do Águias de Eiriz na primeira parte do jogo. Ao ver que o adversário estava a enrolar a língua, o avançado do emblema penafidelense impediu que este sufocasse e salvou-lhe a vida.

Muitos são os casos que acontecem dentro de um campo de futebol e noutros ambientes desportivos de atletas que sofrem algum tipo de problema devido ao esforço. Felizmente, muitos desses acidentes têm finais felizes devido ao rápido apoio de quem está por perto e tem conhecimentos de Suporte Básico de Vida.

Para um futuro com mais finais felizes…

Mais uma vez sublinhamos a importância de uma sociedade formada para salvar vidas. Num ambiente social ideal, conhecimentos de Suporte Básico de Vida seriam ensinados às crianças nas Escolas. Portugal já esteve mais longe desta realidade, mas enquanto isso, existem outras possibilidades. 

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Fontes:

Lifestyle Sapo

BVS

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