Numa altura em que, devido à pandemia, a saúde mental tem sido tão discutida, trazemos um artigo que aborda os efeitos terapêuticos da música, principalmente a nível do sistema nervoso.  

 

 

Já Platão dizia: “A música é o grande remédio da alma”. Na verdade, vários estudos indicam que a música pode influenciar o bem-estar mental do ser humano, sendo uma poderosa terapia no combate ao stress, ansiedade e depressão.  

O neurocientista Daniel Levitin, autor do livro Uma Paixão Humana: o seu Cérebro e a Música (This is Your Brain on Music na versão original) é também músico. De acordo com este autor, um dos maiores especialistas mundiais nesta questão, a música apresenta mecanismos neuroquímicos com efeitos em quatro áreas da vida humana: temperamento, stress, imunidade e interações sociais. As alterações decorrentes da música acontecem, sobretudo, a nível hormonal e de marcadores inflamatórios que se relacionam com o stress, alterando o sistema nervoso.  

 

 

Está provado cientificamente que ouvir música reduz a ansiedade e o stress, ajudando a prevenir problemas de saúde como a depressão dando, ao mesmo tempo, a capacidade de controlar os batimentos cardíacos, o que leva à diminuição da pressão arterial.  

A música pode ainda ajudar à produção de dopamina, prevenindo o desenvolvimento de doenças como a Parkinson, que advém precisamente da produção desregulada desse neurotransmissor responsável pelo prazer e que estimula o sistema nervoso.  

 

 

São várias as investigações que demonstram que a atividade musical durante o envelhecimento, por exemplo, ajuda a manter a saúde física e mental: melhora a disposição, ativa as conexões cerebrais, melhora a memória, o sentido de orientação e a coordenação motora, em geral. Por todos estes motivos, a música é também utilizada em atividades de cariz pedagógico. Resgatando sentimentos, emoções e lembranças, acaba por auxiliar na aprendizagem, comunicação e linguagem. 

 

Fonte: Revista Dignus