Quando os exames de angiografia cardíaca começaram a ser feitos com os equipamentos de TC, as listas de trabalho eram lideradas por médicos Radiologistas com o suporte de Cardiologistas. Neste contexto, a autonomia dos Técnicos de Radiologia era muito limitada.

Contudo, a dinâmica de trabalho entre os diferentes elementos da equipa do departamento de TC alterou-se significativamente após a introdução dos scanners de 64 cortes em 2003. Esta tecnologia elevou significativamente a qualidade de imagem dos exames e reduziu as limitações da técnica, o que levou a um aumento substancial do número de exames realizados. Tal, deu oportunidade aos Técnicos de Radiologia de assumirem novas responsabilidades e trabalharem de forma mais autónoma.

No Reino Unido é comum encontrar departamentos em que as listas de Angio-TC Cardíaca são lideradas por Técnicos de Radiologia, os quais assumem as funções de:

. Preparação do doente, incluindo a inserção de acesso venoso periférico, a avaliação do sinal de ECG e a administração de medicamentos (nitroglicerina, beta-bloqueadores orais ou intravenosos, e contraste iodado intravenoso);

. Seleção e otimização do protocolo de aquisição de imagem em função do Princípio ALARA.

. Avaliação da qualidade de imagem.

. Alerta para casos urgentes (CAD-RADS 4 e 5).

. Reconhecimento precoce de reações adversas à administração de medicamentos.

Em Portugal, as responsabilidades do Técnico de Radiologia variam significativamente, particularmente entre os serviços público e privado. Contudo, encontra-se um denominador comum: a procura de formação específica à Angio-TC Cardíaca em contexto de formação profissional continuada. Esta tem o potencial de diminuir o tempo necessário à formação prática no local de trabalho e também o de preparar os técnicos para assumirem novas funções de forma confiante e independente.

Destinatários: Profissionais e estudantes das áreas de Medicina, Radiologia, Radioterapia, Medicina Nuclear e Imagiologia Médica.