O recurso às urgências devido a acidentes domésticos e de lazer aumentou 13% durante a pandemia, na população com mais de 65 anos. Estes são dados recolhidos pelo sistema EVITA (Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes) do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). Em 2020, o número de mortes nos hospitais relacionadas com acidentes domésticos ocorridos com idosos, duplicou de 50 para 107 óbitos.

A temática da segurança e prevenção destas ocorrências junto da população mais idosa tem vindo a tornar-se cada vez mais importante em Portugal, devido a uma tendência de envelhecimento populacional. Portugal é o quarto país da União Europeia com maior percentagem de população idosa (maiores de 65 anos). 

Neste sentido, e de modo a promover a segurança e bem-estar da população mais sénior reunimos, neste artigo, 10 recomendações que podem ajudar na prevenção de acidentes domésticos e de lazer, nesta faixa etária.  

 

1. Acesso facilitado aos medicamentos do quotidiano : com o avanço da idade, a memória e as capacidades cognitivas podem ser afetadas. Assim, recomendamos a colocação dos medicamentos em caixas ou frascos etiquetados com o nome e dosagem.

2. Cuidados durante as visitas, em contexto de pandemia: os idosos são um grupo de risco e não devem, por isso, receber visitas com regularidade. Apesar do sucesso do processo de vacinação em Portugal, nenhuma solução médica é ainda absolutamente eficaz, pelo que a possibilidade de contágio permanece. Neste sentido, as autoridades de saúde recomendam que se mantenham os cuidados: higienizar as mãos e o calçado com frequência, utilizar máscara e manter o distanciamento social, quando a situação assim o exigir.

3. Nutrição deve estar adequada: os idosos mais dependentes correm frequentemente o risco de desnutrição, não tendo sempre a aptidão para comprar alimentos e preparar as suas próprias refeições. Isto resulta numa maior tendência para saltar refeições ou consumir apenas alimentos processados com pouco valor nutricional. Com a desnutrição poderão vir por acréscimo outros problemas e dificuldades motoras, bem como uma menor capacidade para funcionar no dia-a-dia, que pode aumentar o risco de acidentes.

 

 

4. Adaptar a casa: as quedas estão entre os principais acidentes com idosos. Por isso, é imprescindível ter a casa preparada para reduzir o risco das mesmas. Remover tapetes e móveis antigos e desnecessários, evitar pilhas de jornais, sapatos e roupa no chão, e ter uma decoração minimalista são algumas sugestões que podem facilmente pôr-se em prática. Por outro lado, deve apostar-se em equipamentos de apoio à mobilidade, nomeadamente na casa de banho.

 

 

5. Cuidado com as temperaturas (frias ou quentes): as pessoas mais velhas são particularmente sensíveis às temperaturas mais intensas, tanto no inverno, como no verão. Todas os anos ocorrem problemas súbitos de saúde entre membros da população mais sénior, que muitas vezes começam com indisposições relacionados quer com o frio, quer com o calor extremo, especialmente em idosos com doenças crónicas como diabetes ou problemas na tiroide. 

6. Ter os contactos de emergência sempre à mão: ter sempre uma lista atualizada de números importantes, de leitura fácil, para o caso de se deparar com uma situação de perigo ou medo. Nesta lista devem constar o Número Europeu de Emergência (112), o contacto de um familiar ou amigo próximo e o número da esquadra local.

7. Consultas médicas regulares: pode ser um aspeto menosprezado, mas a verdade é que um acompanhamento médico constante tende a facilitar o reconhecimento precoce de problemas de saúde que possam eventualmente resultar em acidentes inesperados.

 

 

8. Proteger a casa de incêndios: é uma recomendação para todas as pessoas, mas sobretudo para as que têm menor capacidade de reação. Instalar um detetor de fumo ou monóxido de carbono, substituir os filtros do exaustor com frequência, certificar que os aquecedores estão distanciados de materiais facilmente inflamáveis, desligar todos os aparelhos eletrónicos antes de ir dormir ou não colocar demasiados cabos elétricos na mesma extensão são algumas medidas que ajudam a diminuir o risco de incêndio dentro das habitações.

9. Companhia: é importante que um idoso não seja deixado sozinho por longos períodos de tempo, contando com a presença de um cuidador, familiar, ou até de outros idosos. Quebrar o isolamento não só tem um impacto positivo na saúde mental – o que também melhora a saúde no geral – como garante que, na eventualidade de algum acidente, haverá mais alguém para prestar auxílio ou chamar ajuda.

10. Teleassistência móvel: considerar a aquisição de um dispositivo de teleassistência – um aparelho que fornece ao utilizador uma Central de Teleassistência a cargo de profissionais especializados, que ajuda em situações de emergência, avisando os serviços médicos e a família, se for necessário. 

 

 

Fontes:

 

O curso de Primeiros Socorros da VP Formação pode ajudá-lo a estar mais apto para agir em conformidade, em situações de acidentes com idosos. A próxima edição, na modalidade B-Learning, tem início no dia 7 de novembro com sessão presencial agendada para o dia 13 de novembro.

 

 

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