A diabetes é uma doença que afeta cada vez mais pessoas, a nível mundial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pessoa em cada onze sofre de diabetes, e há mais de 1 milhão de mortes, no mundo, associadas a esta doença. Numa sociedade em que predomina, cada vez mais, um estilo de vida sedentário, maus hábitos alimentares e elevados níveis de stress, esta é uma doença que gera, de uma forma geral, muita preocupação e debate, entre os profissionais da área a saúde. A diabetes era vista como uma doença que afetava, na sua maioria, pessoas com mais de 40 anos. No entanto, esta é uma premissa que tem vindo a alterar-se e, atualmente, está a tornar-se comum em todas as faixas etárias, inclusive adolescentes e jovens adultos. 

 

 

 

A diabetes ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou não a consegue utilizar de forma eficaz. Neste Dia Mundial da Diabetes, abordamos alguns mitos associados à diabetes e que é importante explicar e desmistificar.

 

1 – A diabetes é causada pela ingestão de alimentos doces ou açucarados – Existem, na verdade, múltiplos fatores que contribuem para a sua ocorrência, incluindo a genética e o estilo de vida.

2 – A diabetes é uma doença que ocorre apenas em pessoas idosas e não afeta crianças ou jovens – A diabetes tipo 1 é vista, de forma mais comum, em crianças mas a prevalência da diabetes tipo 2 também está a aumentar, a um ritmo alarmante, em crianças e jovens adultos.

3 – As terapias alternativas podem curar a diabetes – O medo relacionado com o facto de, após um diagnóstico de diabetes, ser necessário um acompanhamento médico e tratamentos a longo prazo, leva muitos pacientes a procurar terapias alternativas, em busca de uma cura para a doença. No entanto, é importante que os pacientes saibam que a remissão (por curta duração) pode ser conseguida com terapias de dieta intensiva, como jejum intermitente ou dieta baixa em calorias, mas nenhuma dessas terapias cura a diabetes.

4 – Saltar uma refeição pode controlar os níveis de açúcar –  Outro pensamento errado entre os diabéticos é que se avançarem uma refeição os níveis de açúcar ficam controlados e não precisam de medicamentos, e é precisamente o inverso. A ingestão total de calorias do dia é importante.

 

 

 

5 – Os níveis de açúcar sempre estiveram altos durante anos, mas não faz mal desde que não se  tenha quaisquer sintomas – A diabetes não se manifesta com sintomas assim tão evidentes, a menos que seja grave ou já em estado avançado. O rápido diagnóstico e início dos tratamentos ajuda a minimizar o impacto da doença e, ao mesmo tempo, permite evitar consequências para outros órgãos vitais como o coração ou os rins.

 

6 – Não é preciso tomar medicamentos uma vez que os níveis de açúcar no sangue estão controlados há muito tempo – Muitos doentes deixam de tomar os medicamentos quando o açúcar está controlado. No entanto esse controle advém precisamente dos tratamentos. Parando a medicação, os níveis de açúcar começam a aumentar novamente.

7 – Mudanças no estilo de vida, como a caminhada matinal ou a dieta saudável não são eficazes, uma vez que o meu nível de açúcar no sangue permanece elevado, apesar de os seguir – Exercício de intensidade moderada (caminhada vigorosa/forte e musculação) que faz suar durante pelo menos 45 minutos, 6 dias por semana, e uma dieta saudável, são fatores que minimizam a necessidade de doses mais elevadas de medicação.

8 – Não é preciso verificar com frequência os níveis de açúcar, uma vez que estão, geralmente, sob controlo – A diabetes é uma doença progressiva. Os medicamentos e as doses que funcionavam antes podem não funcionar mais tarde. É importante ter controlo e apoio médico, de modo a evitar complicações que podem decorrer da diabetes, por exemplo: neuropatia e amputação (pé diabético), retinopatia e doença cardiovascular.

 

 

Fonte: Hindustan Times

 

Tendo a perfeita consciência do impacto negativo da diabetes na vida de cada vez mais pessoas, a VP Formação desenvolveu um novo curso, totalmente online, para que os profissionais de saúde possam aprofundar os seus conhecimentos sobre o tema. Conheça aqui o nosso curso “Diabetes: da Farmacologia à Prática”.