Certamente que já terá ouvido em Suporte Básico De Vida (SBV) e poderá até ter tido contacto com esta realidade, nem que seja em contexto de ficção. Mas será que sabe exatamente quais são e em que consistem todos os passos do SBV, quando devem ser implementados e a importância de serem iniciados o mais rapidamente possível?
As doenças cardíacas (com origem no coração ou vasos sanguíneos) estão entre as principais causas de morte em todo o mundo. Quando ocorre, a paragem cardíaca súbita (cada vez mais frequente em todas as faixas etárias) requer intervenções de emergência imediatas e decisivas.
Medidas de Suporte Básico de Vida, quando iniciadas rapidamente e por indivíduos treinados, podem aumentar significativamente as probabilidades de sucesso na reanimação cardíaca e consequentemente contribuir para a redução das taxas de mortalidade relacionadas à paragem cardíaca. Quanto mais pessoas estiverem treinadas em SBV, maior a probabilidade de rápido reconhecimento de situações de paragem cardíaca, apelo aos serviços de emergência e prestação dos primeiros passos de reanimação cardíaca.
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O que é o SBV?
De acordo com a Cruz Vermelha americana *, o Suporte Básico De Vida refere-se geralmente ao tipo de medidas que qualquer indivíduo, leigo ou profissional de Saúde, preste a qualquer pessoa em situação de paragem cardíaca, dificuldade respiratória ou via aérea obstruída. Requer conhecimentos e habilidades em ressuscitação cardiopulmonar (RCP), com o uso ou não de desfibriladores automáticos externos e aliviando obstruções das vias aéreas em vítimas de todas as idades.
Constitui-se assim como fundamental a intervenção rápida de quem presencia uma PCR, com base em procedimentos específicos e devidamente enquadrados pelo que designamos de Cadeia de Sobrevivência. A Cadeia de Sobrevivência interliga os diferentes elos, que se assumem como vitais, para o sucesso da reanimação: Ligar 112, Reanimar, Desfibrilhar e Estabilizar.
Vamos então falar um pouco mais de cada um destes elos:
A Cadeia de Sobrevivência é composta por quatro elos de igual importância, que traduzem o conjunto de procedimentos vitais para recuperar uma vítima de paragem cardiorrespiratória.
Ligar 112 – Reconhecimento Precoce
Chamar os serviços de emergência, previamente à eventual ocorrência de uma PCR, aumenta a probabilidade de sobrevivência da vítima. O rápido reconhecimento de um enfarte ou de uma PCR é um fator fundamental para a ativação dos serviços de emergência e, neste último caso, para o rápido início de manobras de Suporte Básico de Vida. O número europeu de emergência nos países da União Europeia é o 112. Sempre que possível, este contacto deve ser realizado junto da vítima e se o telefone tiver a função de alta voz, esta poderá ser acionada. As instruções podem ser seguidas mantendo o diálogo com o operador preparado para instruir o contactante de modo a que este, rapidamente, identifique que a vítima está inconsciente e não respira normalmente. Uma respiração mais lenta, profunda e ruidosa, não deve ser confundida com uma respiração normal e este fator deve ser entendido como a vítima estando em paragem cardio-respiratória.
Reanimar – Suporte Básico de Vida (SBV) precoce
No intervalo de tempo que decorre entre a ativação e a chegada dos serviços de emergência ao local da ocorrência, a execução de manobras de SBV assume uma importância fundamental.
O SBV consiste em duas ações principais: compressões torácicas e insuflações. O início imediato de manobras de SBV pode, pelo menos, duplicar as hipóteses de sobrevivência da vítima.
Na maior parte dos casos o SBV não irá recuperar a função cardíaca, mas, se bem realizado, prevenirá lesões de órgãos vitais e aumentará a probabilidade de sucesso dos elos seguintes.
Desfibrilhar – Desfibrilhação precoce
Na maioria dos casos de PCR, o coração pára devido a uma perturbação do ritmo designada fibrilhação ventricular (FV). O único tratamento eficaz para a FV é a administração de um choque elétrico (desfibrilhação). Cada minuto de atraso na desfibrilhação reduz a probabilidade de sobrevivência entre 10 a 12%, sendo que nos casos em que o SBV é realizado, o declínio da taxa de sobrevivência é mais gradual (3-4%).
Estabilizar – Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce e cuidados pós-reanimação
O Suporte Avançado de Vida (SAV) com recurso à abordagem diferenciada da via aérea, utilização de fármacos e correção das causas prováveis de PCR, são ações fundamentais após a abordagem inicial da PCR. Como se percebe, quanto mais depressa for capaz de identificar esta situação de emergência e ligar o 112, mais depressa poderão chegar os profissionais capacitados em prestar este tipo de cuidados mais avançados!
Embora pareça complicado, com alguma prática torna-se fácil compreender todos os passos que compõe a cadeia de sobrevivência, sendo evidente que em todos eles qualquer indivíduo bem treinado pode fazer uma importante diferença entre o sucesso ou insucesso de todos os esforços em reanimar uma vítima de paragem cardio-respiratória.
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